terça-feira, 12 de maio de 2009

A nova moradora da cidade: a violência


Por Maryy

A cidade de Criciúma não é mais a mesma de uns meses para cá. A violência está crescendo em um ritmo muito rápido, e a cada dia temos uma surpresa diferente nas folhas de jornais.

A tranqüilidade de antigamente está cada vez mais ausente na vida dos criciumenses, a segurança está cada vez mais difícil e a violência toma conta do município. Exemplos de crimes não faltam, como aconteceu no começo deste mês, em que dois seqüestros relâmpagos ocorreram no mesmo final de semana.

As pessoas já estão se acostumando com essa nova rotina, em que sair a noite sozinha já não é mais possível. As farmácias no período noturno mantêm as portas trancadas, não abrindo as portas até identificar o rosto do cliente, e se for o caso do cliente estar de capacete, até ele retirá-lo da cabeça.

Podemos perceber que as viaturas policiais estão circulando pelas ruas com mais freqüência, mas isso já não está mais suficiente, pois a criminalidade cresce mais a cada dia e os bandidos não se intimidam com as autoridades. Sem medo e sem vergonha muitas vezes assaltam durante o dia, ou mais de uma vez no mesmo lugar.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Medalha de ouro para o paratletismo


Por Maryy

Cinco de janeiro de 2005,11 horas da manhã. Três amigas comemoram a virada do ano em Imbituba, foi então que resolveram subir em uma laje para bater fotos. Lá em cima encostaram-se em um muro que cedeu, causando a queda de uma delas. A jovem cai em um buraco de quatro metros de profundidade, batendo a coluna no meio fio, causando uma lesão instantaneamente.

Aparentemente a vida dessa moça acaba nesse momento, mas não foi assim para Michele Andrade Ramos, de 25 anos, que encontrou forças no paratletismo para dar a volta por cima e continuar a viver.

Na hora ela tinha percebido o que tinha lhe acontecido. “Fiquei calma, mas pensei comigo: agora me ferrei”. Socorrida pelo corpo de bombeiros, foi levada pelo helicóptero Águia I para o hospital Celso Ramos, Florianópolis, e operada no mesmo dia. Michele tinha uma vida ativa antes do acidente, trabalhava em tempo integral como auxiliar de expedição em uma joalheria. Sua rotina incluía sair com os amigos, ir para a balada e namorar.

Depois do incidente, ela teve que mudar sua rotina, se recuperar para se adaptar em sua nova vida. “Fiquei dois anos em casa me recuperando”, diz ela. “Depois fui para a Sarah Kubtschek Brasília me adaptar com a cadeira de rodas”, completa. 
Com o tempo tudo foi se encaixando, sua casa foi adaptada para um cadeirante. “Onde tinha escada foi colocado rampa, e o banheiro também foi adaptado”, relata Michele.

Mas o grande desafio é a adaptação social. “Percebi que as pessoas começaram a me olhar de outro jeito”, diz ela. Com a ajuda da Judecri (Jovens Unidos deficientes físicos de Criciúma), essa barreira foi quebrada e superada. “Na Associação fiz novos amigos e através do paratletismo mudei minha maneira de ver o mundo”, conta a paratleta. O paratletismo é uma das atividades que a Associação disponibiliza para os deficientes. Foi nas categorias dardo e peso que Michele obteve medalha de ouro, e mais que as medalhas ela conseguiu superar suas próprias barreiras físicas e psicológicas.  

Agora em sua nova vida, ela mostra que é possível ter uma rotina normal. Na parte da manhã treina para as competições de paratletismo e faz academia, é diretora do departamento esportivo da Judecri, e no período noturno faz faculdade de Psicologia. “Antes do acidente, nem pensava em fazer faculdade, achava que não seria possível, apenas depois do acidente e de ter superado tantos desafios percebi que isso estava ao meu alcance”, completa Michele. 



Judecri

A associação filantrópica Judecri (Jovens Unidos Deficientes Físicos de Criciúma) tem como um dos principais objetivos a inclusão social. Com 20 anos de estrada, disponibiliza para seus freqüentadores lazer, cultura e esporte. Expõe os deveres e principalmente os direitos de um deficiente físico na vida social. As reuniões acontecem aos sábados, apartir das 14hrs na cede da Judecri.

O paratletismo 

Desde 1989 o paratletismo vem trazendo medalhas para a associação. Com o objetivo de interagir e proporcionar uma atividade física, a Judecri através do esporte encontrou uma maneira de trazer emoção e entretenimento para seus associados.

Para mais informações : www.judecriciuma.blogspot.com.br

quarta-feira, 6 de maio de 2009

é hora de votar


Por Maryy


Política, o que vem a cabeça quando ouvimos essa palavra?
Quando criança simplesmente pensávamos que isso era coisa para os adultos, e ficava por ai. Mas o tempo passa, vamos crescendo, percebemos que isso faz parte do nosso mundo mais do que imaginamos.

Na adolescência ouvimos falar muito desse assunto, a principio não sabemos quase nada ou ficamos meio confusos com tantas informações que recebemos. Com o tempo, vem a consciência que daqui alguns anos teremos que tomar decisões importantes, que é o caso do voto, mas essa mera preocupação é imediatamente trocada por algo da própria adolescência.

Chegamos aos 16 anos e temos o direito do voto facultativo, então começa dar aquele friozinho na barriga, pois sabemos que a tão temida e esperada hora estava para chegar, o primeiro voto. Agora mais crescidos e “maduros”, vem o medo de saber fazer a escolha certa, pois temos o poder de escolher o representante da nossa cidade ou país.

Jovens, com os hormônios a flor da pele e com uma arma, o voto. Queremos falar, gritar, dar a nossa opinião, mudar a história e fazer parte dela, com a responsabilidade nas mãos tão grande quanto a preocupação e entusiasmo de mudar o nosso próprio futuro.

É assim que somos, pelo menos são assim aqueles que têm um pingo de noção da importância dessa decisão, daqueles que sabem que podem fazer a diferença, simplesmente não aceitando a realidade em que nos encontramos, lutando passivamente, usando como tática de guerra, as eleições e não deixando de votar.